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Goiânia, Goiás, Brazil
Sou uma pessoa que não consegue confiar pela metade, que acredita nas pessoas que ama mais do que elas próprias acreditam. Que ama e que espera ser amado e que nisso nunca o deixaram na mão.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Areando.


Escorregar na área de casa com só um pouco de sabão muita água e meu irmão pra me acompanhar era muito bom. Mais que isso, é lendário. As coisas que achamos que não nos fara falta quando crescermos são as que mais nos marcam. E lá estávamos nós novamente (e em terceira pessoa):

Aqueles mesmos dois garotos de sempre. O magricela branquelo espalhava sabão pela área enquanto o moreno gordinho esfregava o sabão com a vassoura. Após alguns minutos neste ritual de água, sabão e vassoura, eles tinham o resultado esperado.

    -ESPUMA, gritavam os dois enquanto se jogavam de barriga na área, esta já não mais verde depois de toda aquela esfregação.

Os dois pegavam distância da área e se jogavam em velocidade máxima, se jogavam de barriga, de peito, de ponta, de cóccix, de cabeça e acreditem, por mais inusitado que possa parecer se jogavam dando mortais, os dois. Isso era o mais impressionante até o momento, mas tudo estava para mudar.
Tudo estava maravilhoso, os giros descontrolados, as manobras inusitadas e até mesmo as batidas que eles combinavam em uma espécie de luta em que os dois se chocavam de frente um com o outro durante o rápido deslize. Mas a velocidade elevada já não agradava mais o irmão mais velho, que teve mais uma de suas ideias geniais:

    -Tira toda a roupa que agente vai voar nessa área.

E o segundo irmão não tirou, e realmente dessa vez a ideia tinha sido genial. Nunca tinha experimentado tamanha velocidade. Pena que a ideia tinha um furo, e o furo era na verdade uma fissura feita no portão, pela qual alguns dos seu amigos olhavam os dois. E o irmão mais novo, vestido e protegido só tinha a rir do primeiro irmão que estava com a lua virada para o portão no momento em que ele abriu.
Ele deve ter sentido vergonha (muita vergonha), eu não sei sou só o contador da história, mas enquanto vestia a roupa e ouvia a chacotagem de seus amigos ele já planejava uma vingança maléfica e nada limpa. Mas isso, bem... é outra história.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crash da vida real.


Nunca brincamos de pirata, o que não quer dizer que agente nunca brincou com água. Brincar com água é ótimo, e só de lembrar já sinto a temperatura descer alguns graus. Imaginem a cena e tenho certeza que se refrescara.

Um relâmpago cruzou o céu e ribombou um trovão que era pra eles apenas um sinal, se olharam nos olhos e o desafio estava lançado o que chegasse primeiro a chuva ganharia. O mais esperto sempre ganhava, ora um fazia uma barricada para impedir o outro, ora o outro derrubava o primeiro que saia esperneando e distribuindo pontapés, e nós todos sabemos quem é esse.
O que mais eles gostavam na chuva eram os obstáculos que ela lhes impunha. Corrida no sabão não é nada perto de dar uma volta na casa durante a chuva, o circuito era o seguinte:

Os dois sairiam correndo da primeira área, passariam pela cachorra que pularia neles tentando impedi-los de passar sem antes brincar com ela, correriam pela lama que havia no quintal aos fundos, passariam pela cascata feita de telhas ternits, correriam pelo cascalho, e por fim passariam pelo fundo da casa onde havia tanto lodo que quando molhado era impossível não escorregar ali, mas os dois não davam a mínima pra isso.

- No três, UM - dizia o primeiro que sairia no dois;
- Tá bom - disse o segundo ciente da sacanagem do primeiro e se antecipando logo no um;

O primeiro desesperado deu uma trombada na cachorra, perplexo com o fato de o irmão ter o enganado na largada, correu pela lama tentando não sujar muito o pé para que não ficasse mais difícil de correr pelo pântano de lodo na parte de trás da casa, a chuva caia nas suas costas e cegava a sua visão, mas mesmo assim alcançou o irmão que tentava desviar do chão de cascalho, empareou com o irmão na parte de trás da casa e a parte mais difícil da corrida começava agora, tentavam correr com o máximo de cautela, e o irmão que deu uma de esperto e saiu na frente escorregou e deslizou ralando pelo chão, o irmão que tinha saído com um pouco menos de desonestidade virou para rir do irmão e acabou se estatelando na parede. Foi declarado empate, pois os dois decidiram que era melhor ir nadar na agua que descia pelo meio fio, e quem disser que isso é exagero meu, mente. Porque eu posso ter exagerado em muita coisa, mas eu lembro muito bem de tentar dar braçadas na corredeira do meio fio quando a chuva estava forte.

Era divertido e refrescante, e eu sempre gripava depois da primeira chuva, mas nada nos impedia de aproveitar todas as chuvas. Pra quem quiser relaxar clica AQUI no link, se disser pra mim que não refrescou ouvindo isso... Sinto por você.