Quem sou eu

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Goiânia, Goiás, Brazil
Sou uma pessoa que não consegue confiar pela metade, que acredita nas pessoas que ama mais do que elas próprias acreditam. Que ama e que espera ser amado e que nisso nunca o deixaram na mão.

terça-feira, 27 de março de 2012

KM falam mais que palavras.

Passei os últimos dias pensando em algo engraçado que pudesse contar a respeito do meu pai. E foi difícil, pois são tantas coisas que aconteceram, e tantas delas são engraçadas. Enfim, não escrevo esta postagem para deixar meus irmãos com inveja, pois como sabem o filho preferido sou eu, mas o papai também ama vocês.
Não consegui escolher uma entre tantas histórias, mas escolhi uma boa, talvez não a mais engraçada mas com certeza uma com significância tremenda.

          Desde pequeno sempre pedia pra passear com meu pai, podia ser de carro ou quando ele ia à feira no sábado, e me fazia provar amoras na volta só pra me ver com cara de azedume, mas adorava andar do lado do meu pai e correr no encalço do seu passo lento. Mas uma vez meu pai decidiu que iria sair de casa e iria até trindade a pé, eu como bom companheiro me candidatei e só vi que estava realmente falando sério quando no outro dia as quatro e meia da manhã ele me acordou para sairmos, dali pra frente não teria volta, me deu a opção de ficar e mesmo assim eu fui.
           Cama, cobertor, mochila, quite de primeiros socorros, blusas, luzes. Cozinha, lanche, mesa, leite e pão. Dispensa, saco de bolacha Mabel, pacote de passatempo, água, chocolate, sucrilhos, calcular, pensar, calcular, voltar à dispensa, pacote de passatempo, pacote de passatempo, frutas. Relógio, portão, “PAI ME ESPERA”, estrada.
            Já amanhecia quando nos ofereceram carona e meu pai negou, ao passo que eu perguntei: “Daqui quanto tempo a gente vai se arrepender de não ter pegado?”, e meu pai riu, mas depois se arrependeu tenho certeza. Andamos e descobrimos que andaríamos o dobro do previsto, mesmo assim continuaríamos, passamos por rios, conhecemos pessoas no meio da estrada, vimos de todos os ângulos a Serra da Areia, que a propósito é magnifica. Mas a coisa que mais nos impressionou é que agente não encontrou de jeito nenhum o homem que estava andando de costas, mas temos certeza de que estava indo pro mesmo lugar que nós, pois se a gente se perdia seguíamos os passos dele e tudo deu certo no final, tirando algumas bolhas nos pés e alguns músculos em fogo.
             Se aqueles 60 km de caminhada foram bons, imagina então correr a São Silvestre, não foi só bom, foi estrogonóficamente ótimo. Nesta última eu percebi uma coisa muito importante sobre meu pai e sobre mim também, mais precisamente sobre nós, descobri que quando é sobre nós dois correndo, não importam quantos quilômetros sejam a conversa nunca acaba.
              Corremos os quinze quilômetros, conversando e “molhando as palavras” com Gatorade e água, e no único momento que as palavras nos faltaram, nós acabamos cantando no meio da avenida “Coronel Alguma Coisa”, a nossa marcha imperial “O Fantasma da ópera”.
Sei que todos vão dizer que é ótimo caminhar ao seu lado pai, e não deixa de ser verdade, mas ótimo mesmo é correr e poder compartilhar isso com você, obrigado por me proporcionar estes momentos e estar em tantos outros ao meu lado, e já me desculpando pelo que vou te chamar agora, porque sei que não gosta muito desses profissionais, obrigado por ser meu advogado quando precisei. 
                Eu te amo, e se já deixei de demonstrar, espero que entenda como quilômetros de conversa valem tanto quanto palavras.

Quem ama o papai diz “UHUU PAPAI É LINDO” nos comentários.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tarzan e Mogli, Senta ai e toma um chá.


   Todos conhecem a história de um menino que foi criado na selva por macacos, que acaba se tornando mestre em segurar e se balançar em cipós. Alguns pensaram no Mogli e outros no Tarzan, certo? O que eu queria mesmo ver era o tal do Tarzan fazer o que eu e meu irmão fazíamos.
    A gente sempre ia pra igreja nas quartas feiras, e quando agente dava sorte de não conseguir pegar a vã, que virou moda durante um tempo, agente voltava de lá de ônibus. O ônibus era uma selva mais difícil de enfrentar do que a sela do Tarzan do Mogli nem se fala.
    Aquelas onças que apareciam de vez em quando nos desenhos, e que nos faziam ficar tensos e gritar para nossos heróis se desviarem dos ataques mortais delas, eram as velinhas. O macaco chefe chato, que vive infernizando a vida de diversões deles, eram o cobrador e vez ou outra o motorista. O senhor bonzinho, por mais incrível que pareça era mesmo um senhor bonzinho. A gente entrava naquele emaranhado de árvores, também conhecido como pernas, e ficava gritando um pro outro pra não nos perdemos no meio daquela mata fechada. 
    Mas o mais divertido, mais do que se perder e se achar aos berros dentro da selva, era quando a selva sumia, pra ser mais claro quando todos desciam e restavam apenas eu minha mãe e meu irmão dentro do ônibus e vez ou outra uma onça reclamona. Faltavam apenas quatro pontos, e estes eram os pontos mais emocionantes da nossa história, o clímax de nosso episódio semanal, esperado desde o começo do dia:

   - HORA DE BALANÇAR NOS CANOOOOS.

    Lá íamos nós Tarzan e Mogli balançando de barra em barra, umas vezes um caia mais logo se recuperava, outra vez um de nós se arriscava a pular de uma barra pra outra e dava conta, mas quando chegava na rótula... Aí a coisa ficava séria. Lembro-me muito bem, e essa é uma das melhores memórias que tenho, do dia em que balançávamos de lado a lado com o movimento da rótula meu irmão não aguentou segurar nos canos e se soltou. Caiu e se agarrou em minhas pernas e neste ponto nós dois já gritávamos um ao outro: “NÃO LARGA, NÃO LARGA", precisávamos cumprir nossa missão pendurados até o ponto final, e em meio a gritos o ônibus freou fortemente e nós dois caímos transformando os gritos em risos. 
   
"Que tempo bom que não volta nunca mais", um tolo disse isso. Basta ter essas pessoas desse tempo bom e senta-las pra tomar uma boa xícara de chá, ou café depende da preferência, que este tempo volta rapidamente para que possamos revivê-lo e refazê-lo, e claro que assim que reunidos nós teremos mais uma história pra contar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

All WE need is love.

    Alguém sabe dizer o que é o amor? Ah sim, claro que você sabe então me escreva ou descreva o que isto quer dizer. Complicou ou não? Li uma vez em um livro (desses de nerd que sabem que eu adoro), que o amor é quase tão, se não mais, complexo que o universo, e olha que este ultimo tem definição. A única coisa que se sabe é que ele é infinito e neste ponto me trato tanto do amor quanto do universo.
    O Interessante é o porquê de eu estar escrevendo sobre o amor, logo eu que sempre que escrevo falo de coisas engraçadas sobre a quebra do meu cotidiano. Mas de verdade existe algo mais engraçado do que o amor? O amor é como um zumbi, você está com ele certo dia, ele morre, você pensa que nunca irra reencontra-lo, mas e ele volta e quando você o vê se assusta, não sabe se mata ele ou não, decidi que sim mesmo sabendo que atirar nele só vai fazer mais deles aparecerem, mas você mata e corre e o caminho que escolheu tem mais uma centena deles pela frente.

     Não pensem, ao ler isso, que eu estou melancólico ou que qualquer coisa tenha acontecido comigo, e juro que quem perguntar se aconteceu algo vai levar uma doce e sincera patada, mas patada de amor.

     O porquê de eu estar escrevendo sobre isso não é, de forma alguma, por que é natal e o papai do céu tocou meu coração, é por que, como vocês bem sabem, às vezes não mostro o quanto sou grato a vocês (para de balançar a cabeça era pra discordar de mim neste ponto), mas poxa ninguém consegue sentir gratidão por um maldito zumbi e mesmo assim ele te deixa mais forte, mais inabalável ou pelo menos com uma mira melhor.
    De toda forma, venho por meio desta (vai Lílian sei que quer me criticar agora), para agradecer a todos por estarem perto de mim, pois assim espero que seja por um longo tempo. Ora, se reencontrar vocês é melhor a cada dia, fazer isso através dos anos, décadas e vidas deve ser muito mais gostoso. E tudo que precisamos para alcançar essa meta, que espero que não seja só minha, é amor (por isso o Título lembrando a música dos Beatles), e já que estamos falando de música, como diria meu caro JOÃO o BOM JOVEM, Thank you for love me.
                   
                Quem não entendeu o duplo sentido na frase acima clique AQUI.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O verdadeiro significado de "Solução"

Você não sabe o que é desespero até que esteja soluçando ha dez dias. Eu sempre ria e duvidava da veracidade dessas matérias que agente vê no fantástico, nunca mais rirei disso, prometo, mas como vocês, meus poucos leitores que tem me cobrado por textos, nada prometeram riam o máximo que puderem.

O engraçado de soluçar por muito tempo é que todo mundo acha que conhece algum método pra acabar com soluços desde os mais simples até a alguns mais lógicos e menos eficazes, vamos a eles:

  * Tomar um copo de água. Começando com aquele  que vocês se estivessem na mesma situação ouviriam durante os dez dias unas dez vezes e que eu digo ser o mais estúpido. Todo mundo que me vê soluçando me oferece esta solução. No começo dá pra entender, mas depois de DEZ dias você diz " Nossa não tinha pensado nisso, pode funcionar, afinal não bebo água a dez dias mesmo."

  * Prender a respiração. Esse sim pode ser perigoso e será provavelmente o segundo palpite que ouvira. ATENÇÃO este deve ser feito apenas com acompanhamento de alguém responsável, ou seja, sua namorada, irmãos ou qualquer um que tenha força acima de 10N, deve ficar o mais distante possível de você. Faça sozinho, e sobre hipótese alguma deixe alguém segurar seu nariz e sua boca para que você possa se concentrar apenas no soluço.

  * Levar um susto muito forte. Deve ser o mais ineficiente de todos pode se dar pelo fato de que pelo quinto dia de soluços você sempre espere ser assustado, nem quando meu pai me empurrou da cama a meia-noite de hoje com um cajado na mão perguntando pela lanterna, e depois de pega-la sair correndo para a mata parecendo um louco de roupão, cajado e barba, quase um Messias a diferença é que minha história tenho certeza da veracidade.

  * Soco no diafragma. Você vai precisar de, um amigo forte e com teorias tão idiotas quanto a sua, depois é só levar a lógica dele em consideração, "[...] ora, se o soluço é causado por contrações irregulares do diafragma nós só precisamos dar a ele um motivo real para se contrair." Este dispensa comentários, mas se o murro for forte o bastante não dispensara saco de vômito.

  * Pinga. Apesar de ineficiente, não se nega nada a um Messias e como todo bom Messias tem que ter um "néctar sagrado",e apesar de pedirem pra mim esquecer esse método, não foi o bastante pra dar esquecimento. Mas se Jesus deu sangue e fez vinho, então não quero imaginar de onde meu pai tirou pinga.

Apesar de nenhum funcionar, em um soluço de longa duração pelo menos, você vai conseguir muitas risadas, e com toda certeza vai estar mais hidratado.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Areando.


Escorregar na área de casa com só um pouco de sabão muita água e meu irmão pra me acompanhar era muito bom. Mais que isso, é lendário. As coisas que achamos que não nos fara falta quando crescermos são as que mais nos marcam. E lá estávamos nós novamente (e em terceira pessoa):

Aqueles mesmos dois garotos de sempre. O magricela branquelo espalhava sabão pela área enquanto o moreno gordinho esfregava o sabão com a vassoura. Após alguns minutos neste ritual de água, sabão e vassoura, eles tinham o resultado esperado.

    -ESPUMA, gritavam os dois enquanto se jogavam de barriga na área, esta já não mais verde depois de toda aquela esfregação.

Os dois pegavam distância da área e se jogavam em velocidade máxima, se jogavam de barriga, de peito, de ponta, de cóccix, de cabeça e acreditem, por mais inusitado que possa parecer se jogavam dando mortais, os dois. Isso era o mais impressionante até o momento, mas tudo estava para mudar.
Tudo estava maravilhoso, os giros descontrolados, as manobras inusitadas e até mesmo as batidas que eles combinavam em uma espécie de luta em que os dois se chocavam de frente um com o outro durante o rápido deslize. Mas a velocidade elevada já não agradava mais o irmão mais velho, que teve mais uma de suas ideias geniais:

    -Tira toda a roupa que agente vai voar nessa área.

E o segundo irmão não tirou, e realmente dessa vez a ideia tinha sido genial. Nunca tinha experimentado tamanha velocidade. Pena que a ideia tinha um furo, e o furo era na verdade uma fissura feita no portão, pela qual alguns dos seu amigos olhavam os dois. E o irmão mais novo, vestido e protegido só tinha a rir do primeiro irmão que estava com a lua virada para o portão no momento em que ele abriu.
Ele deve ter sentido vergonha (muita vergonha), eu não sei sou só o contador da história, mas enquanto vestia a roupa e ouvia a chacotagem de seus amigos ele já planejava uma vingança maléfica e nada limpa. Mas isso, bem... é outra história.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crash da vida real.


Nunca brincamos de pirata, o que não quer dizer que agente nunca brincou com água. Brincar com água é ótimo, e só de lembrar já sinto a temperatura descer alguns graus. Imaginem a cena e tenho certeza que se refrescara.

Um relâmpago cruzou o céu e ribombou um trovão que era pra eles apenas um sinal, se olharam nos olhos e o desafio estava lançado o que chegasse primeiro a chuva ganharia. O mais esperto sempre ganhava, ora um fazia uma barricada para impedir o outro, ora o outro derrubava o primeiro que saia esperneando e distribuindo pontapés, e nós todos sabemos quem é esse.
O que mais eles gostavam na chuva eram os obstáculos que ela lhes impunha. Corrida no sabão não é nada perto de dar uma volta na casa durante a chuva, o circuito era o seguinte:

Os dois sairiam correndo da primeira área, passariam pela cachorra que pularia neles tentando impedi-los de passar sem antes brincar com ela, correriam pela lama que havia no quintal aos fundos, passariam pela cascata feita de telhas ternits, correriam pelo cascalho, e por fim passariam pelo fundo da casa onde havia tanto lodo que quando molhado era impossível não escorregar ali, mas os dois não davam a mínima pra isso.

- No três, UM - dizia o primeiro que sairia no dois;
- Tá bom - disse o segundo ciente da sacanagem do primeiro e se antecipando logo no um;

O primeiro desesperado deu uma trombada na cachorra, perplexo com o fato de o irmão ter o enganado na largada, correu pela lama tentando não sujar muito o pé para que não ficasse mais difícil de correr pelo pântano de lodo na parte de trás da casa, a chuva caia nas suas costas e cegava a sua visão, mas mesmo assim alcançou o irmão que tentava desviar do chão de cascalho, empareou com o irmão na parte de trás da casa e a parte mais difícil da corrida começava agora, tentavam correr com o máximo de cautela, e o irmão que deu uma de esperto e saiu na frente escorregou e deslizou ralando pelo chão, o irmão que tinha saído com um pouco menos de desonestidade virou para rir do irmão e acabou se estatelando na parede. Foi declarado empate, pois os dois decidiram que era melhor ir nadar na agua que descia pelo meio fio, e quem disser que isso é exagero meu, mente. Porque eu posso ter exagerado em muita coisa, mas eu lembro muito bem de tentar dar braçadas na corredeira do meio fio quando a chuva estava forte.

Era divertido e refrescante, e eu sempre gripava depois da primeira chuva, mas nada nos impedia de aproveitar todas as chuvas. Pra quem quiser relaxar clica AQUI no link, se disser pra mim que não refrescou ouvindo isso... Sinto por você.

sábado, 27 de agosto de 2011

PICHADOS.

Bateram no portão e fomos ver quem era. Um amigo, do qual nem lembro o nome talvez se chamasse Júnior, nos chamou para andar na rua de trás da nossa casa, onde dizendo ele algo muito interessante nos esperava. Pedimos para que nossa mãe deixasse agente ir à rua de trás e ela deixou e essa era a segunda melhor coisa que aconteceu naquele dia, mas nós nem fazíamos ideia disso. Pegamos nossas bicicletas e fomos.
     “UM CAMINHÃO DE PICHE”. Gritamos juntos. Admiramos aquele caminhão carregado de piche, aquele buraco cavado no chão onde ele estava jogado e o cheiro, que talvez só naquela época, nos era maravilhoso.    
Quase tão sujos quanto nós.
     Não admiramos por muito tempo, corremos e pulamos com nossas bicicletas dentro do poço de piche. O piche grudou em nossas rodas e nós no piche, em nosso primeiro pulo afundamos até os joelhos, só saímos de lá depois de cinco minutos cavando com as mãos aquele espesso lago de piche.
     Lembrei dessa ocasião quando li um texto do meu irmão. E ele tem razão, nada se compara ao prazer de se juntar ao seu melhor amigo para pular e rolar no piche, na lama, no barro, na areia, nas arvores, nas ruas e até mesmo nas enxurradas aonde achávamos que éramos piratas muito mais faceiros do que o próprio Sparrow.
     A única coisa que nós dois não tínhamos parado pra pensar naquele dia, é de que minha mãe só tinha uma regra “voltem assim que escurecer”. Quando o sol sumiu eu e meu irmão tomados de uma consciência mútua olhamos um pro outro com um olhar de medo, sabíamos que tínhamos que voltar correndo, só não sabíamos como nos limpar para ir pra casa.Sujos de piche dos pés a cabeça, eu e meu irmão adotamos mais uma de minhas engenhosas ideias:

 “ Rola na terra que o piche sai”.

     Lá íamos nós cobertos de piche e terra desde a roda da bicicleta, que já não rodava mais tão eficiente, até o ultimo dedo mínimo, que também não funcionava com tanta eficiência. Minha mãe esperava por nós no portão, e nós em um misto de alegria, pelo dia que tivemos, e medo, pela noite que teríamos. Recepcionados pelas risadas da minha mãe, fomos direto para o banheiro. Dois meninos, ou melhor, duas criaturas feitas de piche e terra que tiveram os pés lavados durante meia hora. Aquele banho foi tão longo que meu irmão ficou algumas semanas sem tomar banho só pra compensar, e isto se tornou um hábito. O piche era tão grudento que nunca mais sairá da minha memória, e mesmo que tentasse sair da minha ainda teria meu irmão pra me jogar no piche de novo.