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Goiânia, Goiás, Brazil
Sou uma pessoa que não consegue confiar pela metade, que acredita nas pessoas que ama mais do que elas próprias acreditam. Que ama e que espera ser amado e que nisso nunca o deixaram na mão.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Brodaway in more one way.

Chegou ao ponto de seu ônibus e esperou. Notou que a placa que indicava a rota do ônibus, que ficava normalmente pendurada por dois arames, estava com uma de suas amarras solta; fez uma cara de quem não se importava o que era mentira.
O ônibus que iria pegar era o 020, mais conhecido como maldito 020, ele tinha que escolher entre a educação que existia nos 019, ou a falsa impressão de velocidade que existia nesse. Escolheu esse e por lá esperou, não foi o único a notar a placa colocada desleixadamente e logo em seguida um homem gordo vem carregando uma escada em uma mão e um pote de arrame em outra. Pensou: “Só mais um dia comum nestes 020, mais um doido querendo entrar com uma escada dentro do ônibus”. Naquele momento surgindo de trás do homem gordo, até agora desconhecido, surge um segundo homem este mais magro e baixo que o primeiro.
Ao ver tal sena não pode deixar de lembrar-se do gordo e do magro, aquela dupla dinâmica que matava os seus avós de rir. Riu em silêncio e sua lembrança imediatamente foi concretizada na sua frente, os dois desconhecidos que lhe lembravam-no o gordo e o magro decidiram fazer uma última peça para seu público também desconhecido. 

Começa a tocar uma música daquelas animadas de piano que eram clássicas de filmes mudos. O baixo magro segurou a escada e puxou a corda, a escada de bombeiro começou a subir com um tec tec familiar de algo muito velho. O gordo com medo diz algo que faz com que o segundo fique com cara de babaca, analisa a situação e começa a analisar a escada em prol de sua segurança. Faz com que o gordo segure a corda para que possa subir em segurança e começa a subir. Começa a tocar uma musica de suspense. O magro sobe e a cada vez que pesa a perna na escada ela geme de dor e o público de aflição, o gordo desesperado começa a gritar, sobe uma placa com as palavras “ TOIN DESCE QUE A ESCADA VAI CAIR”, o magro empenhado em sua tarefa segue-a como se estivesse em uma corda bamba, e ao chegar ao topo da escada lembra-se que o barbante ficou com o gordo, outra placa “ MANDA A CORDA”, obediente o gordo larga a corda para pegar a outra corda, PANRAM , o magro desequilibra e decide descer para dar um sopapo no gordo. O gordo já está com ataduras no olho quando o magro começa a subir em seu palco, sua plateia vibra. Ele consegue fazer tudo na ordem certa depois de tentar pela terceira vez e o gordo que sofre com vários hematomas por causa da falta de memória do magro. O magro desce se despede da plateia e ri para o gordo que já está feliz novamente. Os dois se viram e vão embora esbarrando em todos com sua gigantesca escada, a tela vai fechando e a música de fundo sumindo.

O garoto não sabia se o que vira era obra de sua imaginação ou não, e nem ao menos queria descobrir, apenas se deliciava de ver cena tão formidável como um último espetáculo naquela segunda feira sem fim. Viu que seu ônibus vinha e se concentrou para entrar no ônibus, mal sabia ele que ali começava outra história que não convém mencionar agora.

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